Bastante popular entre estudiosos e moradores locais, a trajetória do pirata Zulmiro pela cidade de Curitiba/PR, agora retratada nas paredes do tradicional e recentemente reinaugurado Restaurante Tortuga, é compartilhada desde o ensino fundamental para as crianças, até as rodas de conversas de idosos que nasceram ou migraram para a capital, e ouviram ao longo de sua vida, inúmeras especulações e versões sobre a história.

Assim como tantos, porém com um fôlego a mais para boas histórias, detalhes e aventuras, o curitibano Marcos Juliano Ofenbock (economista e arqueólogo) decidiu, há cerca de 15 anos, se aprofundar mais nessa lenda, a fim de constatar a sua veracidade.

Mas quem foi o pirata Zulmiro?

No ano de 1798, na cidade de Cork, na Irlanda (que, na época, ainda fazia parte da Inglaterra), nascia Francis Hodder, mais conhecido posteriormente como pirata Zulmiro.

De família abonada, Francis Hoder estudou na Etton College, uma escola interna para meninos, fundada em 1440. Quando iniciou os estudos na instituição, Francis tinha somente 13 anos e foi ali que se formou após alguns anos.

Quando adulto, Francis decidiu entrar para a Marinha Britânica, porém acabou matando um oficial. Como consequência dessa morte, ele sabia que seria enforcado pela corte marcial e, para evitar a morte, fugiu.

Foto: Reprodução/navio da Marinha via Mael Balland – Unsplash

Foto/Reprodução: Navio Pirata. Via: Martin Penot – Unsplash

Em 1838, Zulmiro acabou sendo capturado por um navio de guerra inglês, que tinha como capitão, Henry Kappel. Para a sorte do pirata recentemente preso, Zulmiro se deparou a seu amigo de longa data, o qual havia conhecido na Marinha. 

Foto/Reprodução: Barco pirata no litoral, prestes a atracar. Via: Diego Catto – Unsplash

Zulmiro foi libertado em segredo por seu velho amigo e, então, recebeu do mesmo 50 libras, que significavam uma boa quantia naquela época. Isso serviu para que Zulmiro conseguisse prosseguir seu caminho sem morrer de fome. Além da quantia em dinheiro, alguns livros foram dados pelo amigo para que Zulmiro pudesse ocupar seu tempo.

Libertado no Litoral Paranaense, o Pirata prosseguiu seu caminho até chegar ao bairro Pilarzinho, onde adquiriu uma escrava e  passou a viver seus dias. 

Continue acompanhando essa incrível história em nosso próximo post.