Tortuga, de origem espanhola a qual significa tartaruga, é uma ilha localizada no mar do Caribe, (onde hoje é localizado o Haiti), Port Royal (Jamaica) e Madagascar, onde a alguns anos, piratas de todo o mundo abrigavam-se em esconderijos e comercializavam tesouros roubados na ilha. 

A História da Ilha

Tortuga foi descoberta por europeus no ano de 1494, durante uma viagem de Cristóvão Colombo. A ilha foi originalmente colonizada pelos espanhóis. Entretanto, em 1625 colonizadores franceses e ingleses chegaram à ilha após terem a princípio, planejado tomar a ilha de Hispaníola. 

Foto/Reprodução: Barco tripulado no oceano. Via: Photo by Diego Catto on Unsplash

No ano de 1630 foi construído pelos franceses um forte, chamado de Forte de Rocher em um porto natural que lá existia, desde então, a ilha de Tortuga ficou dividida entre colônias francesas e inglesas, permitindo que os piratas, fizessem uso mais frequente da ilha como base de suas operações.

Em 1633, os primeiros escravos da África foram levados para servir nas plantações, mas não demorou muito para que eles se rebelassem e  por conta disso, parassem de ser trazidos e utilizados no trabalho braçal da ilha. 

Foto/Reprodução: Fuga de escravos. Via: Nevada – Adobe

Em meio a rebelião de escravos africanos, as colônias francesas e inglesas começaram a brigar entre si. Todo esse alvoroço permitiu que os espanhóis retomassem a ilha que, até então, estava dominada pelos franceses.

Logo em seguida a ilha foi abandonada, os espanhóis começaram a notar que era grande demais o alvoroço gerado por conta de uma ilha tão pequena. Graças a esse abandono os piratas ingleses, franceses e holandeses retornaram à ilha.

Por volta de 1670, Entre longas viagens, roubos, trocas e confusões, os piratas da ilha se viram em declínio e, com isso, diversos deles tiveram que procurar novas alternativas e fontes de renda para sobreviver. Por consequência,  passaram a explorar a madeira da ilha e assim, puderam realizar trocas dos itens que mais necessitavam.

Nesta época, um pirata inglês conhecido como Henry Morgan começou a se autopromover e convidar os piratas de toda a ilha de Tortuga para navegar sob sua diretoria, sendo os piratas que aceitavam, contratados pela França como uma milícia, o que permitiu à França, angariar uma enorme influência na região. Com isso, os piratas jamais foram controlados e a ilha permaneceu representando uma zona neutra para eles.

No ano de 1680, novas medidas do Parlamento inglês proibiram a navegação de  bandeiras estrangeiras, contrariando a prática que existia e era formalizada na época. Isto causou um enorme golpe a pirataria caribenha, e então, em 1684, acordos foram realizados pelo Tratado de Ratisbon, assinado pelos europeus, resultando no fim da pirataria.

Após isso, a maioria dos piratas acabou sendo contratado pela Coroa a fim de combater os piratas que restavam, seus antigos parceiros. Não demorou muito para que a pirataria fosse definitivamente extinta.

Característica da Ilha de Tortuga

Tortuga trata-se de uma ilha relativamente pequena, com apenas 40 km de comprimento e 7 km de largura. A ilha recebeu o nome por conta de sua aparência, que lembra uma grande tartaruga flutuando no mar.

Foto/Reprodução: Ilha de Tortuga. Via: Atanas Malamov – Unsplash

Ainda que seja bastante rochosa, a ilha é repleta de enormes árvores que crescem por toda sua extensão. O lado norte da ilha não é habitado por não possuir praias ou porto. Portanto, residir no local é quase uma tarefa impossível.Porém, a ilha possui outras 4 partes habitadas, sendo divididas por: Low country (que possui um porto chamado Cayonne), a aldeia Basse-Terre, a plantação média (onde é cultivado tabaco – La Ringot) e a Montanha.

Fora o cultivo do tabaco a ilha também possui diversos tipos de madeiras, que são muito procurados para a fabricação de barcos e construção de casas. Além disso, a ilha ainda produz aloés e demais plantas medicinais, além de arbustos frutíferos. No local também é comum encontrar javalis selvagens, grandes bandos de pássaros e na costa, caranguejos marinhos e terrestres.

Possuindo todas estas características, a Ilha de Tortuga era sem dúvida um dos melhores lugares para os piratas se estabelecerem. Em caso iminente de ataque, era possível fugir para a floresta e se esconder, sobrevivendo através da caça.

Cenário de filmes famosos 

Foto/Reprodução: acessórios de comandante de navio. Via: Aris Suwanmalee – Adobe

Apesar de sua cultura pirata e história bastante rica, a Ilha de Tortuga não se tornou apenas uma lenda habitada por famílias comuns nos dias de hoje. O Cenário paradisíaco e cheio de particularidades, inspirou diversos diretores famosos a levarem toda a sua equipe de produção para o local que foi tema de filmes como:

• “Captain Blood” (1935);
• “The Black Swan” (1942);
• “Piratas do Caribe: A Maldição da Pérola Negra” (2003);
• “Piratas do Caribe: O Baú da Morte” (2006);
• “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo (2007);
• “Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas” (2011).

Além dos filmes, a ilha também foi tema de jogos, são eles:

• “Tortuga – Two Treasures”
• “Sid Meier’s Pirates!”

Além disso, Tortuga é o nome dado a uma banda de hardcore do Reino Unido e uma música, de uma banda de heavy metal alemã, de nome “Running Wild” em seu álbum conhecido por Death or Glory.

Gostou de conhecer todas essas curiosidades sobre a lendária Ilha de Tortuga? Então está esperando o que para completar essa experiência vivenciando um pouco dessa história em um dos melhores restaurantes da cidade de Curitiba/PR? 

Venha já para o Tortuga Restaurante e sinta-se no interior de uma taberna na própria ilha caribenha. 

Na matéria anterior, você pode acompanhar um pouco sobre quem foi o Pirata Zulmiro, desde o seu nascimento, até o ano em que se mudou para a cidade de Curitiba/PR.

Agora, você pode saber qual foi o desfecho da história desse importante pirata. Prontos para mais um pouco de aventura? Então acompanhe o texto a seguir.

Segredo de Zulmiro compartilhado

Em 1880, um jovem inglês conhecido como Edward Stammers chegou ao Brasil e conheceu um senhor de 80 anos (Zulmiro), que residia em uma casa bem simples no bairro Pilarzinho, na cidade de Curitiba/PR. Por conta da língua, os dois se familiarizaram bastante e passaram a conversar. O senhor de idade compartilhou toda a sua história de vida com o jovem.

Posteriormente, Edward descobre que Zulmiro nasceu em Cork, na Irlanda e, que o pirata também havia estudado em um escola para príncipes.

Depois de ouvir toda a história contada por aquele senhor, mesmo sem acreditar na veracidade dela, Edward prometeu ao mesmo que só a compartilharia quando Zulmiro falecesse.  

Depois de alguns anos, Edward se mudou para o Rio de Janeiro com sua família e, em uma manhã, ao pegar o jornal para ler, Edward se deparou com uma matéria que contava a respeito de um pirata conhecido como Zarolho. No mesmo momento, Edward se recordou das histórias contadas por Zulmiro e então, pode confirmar a veracidade delas e do trio de piratas descrito por Zulmiro anteriormente.

O Mapa e o Tesouro Escondido

Espantado com todas as descobertas, Edward envia um telegrama a Curitiba, porém descobre que Zulmiro já havia tinha falecido há sete anos. Com o pirata morto, Edward então poderia finalmente revelar a sua história e, junto dela, o caminho até o tesouro escondido.

Foto/Reprodução: Mapa do tesouro.Via: N. – Unsplash

Todos estavam atrás do tesouro. Mais tarde, surgiram informações de que, antes de falecer, em 1850, o pirata Zarolho já havia entregue o mapa que estava com ele à  britânicos. E, pelo que se sabe, apesar de inúmeras buscas, até hoje o tesouro continua escondido no Espírito Santo.

As provas

Vários anos se passaram e o arqueólogo Marcos Juliano, fascinado pela história do pirata Zulmiro (que ainda era conhecida apenas como uma lenda) conseguiu comprovar existência do pirata e de sua história. Tudo isso após 15 anos de estudos e através de um apanhado de documentos ingleses, comprovar, após 15 anos de estudos.

Foto/Reprodução: O pesquisador Marcos Juliano Ofenbock comprovou que o pirata Zulmiro existiu e residiu em Curitiba. Via: Felipe Rosa.

Foto/Reprodução:Documentos antigos. Via: Denny Müller – Unsplash

Gostou de saber mais sobre essa história? 

Então não esqueça de compartilhar com os amigos e familiares que também cresceram ouvindo a lenda. 

Bastante popular entre estudiosos e moradores locais, a trajetória do pirata Zulmiro pela cidade de Curitiba/PR, agora retratada nas paredes do tradicional e recentemente reinaugurado Restaurante Tortuga, é compartilhada desde o ensino fundamental para as crianças, até as rodas de conversas de idosos que nasceram ou migraram para a capital, e ouviram ao longo de sua vida, inúmeras especulações e versões sobre a história.

Assim como tantos, porém com um fôlego a mais para boas histórias, detalhes e aventuras, o curitibano Marcos Juliano Ofenbock (economista e arqueólogo) decidiu, há cerca de 15 anos, se aprofundar mais nessa lenda, a fim de constatar a sua veracidade.

Mas quem foi o pirata Zulmiro?

No ano de 1798, na cidade de Cork, na Irlanda (que, na época, ainda fazia parte da Inglaterra), nascia Francis Hodder, mais conhecido posteriormente como pirata Zulmiro.

De família abonada, Francis Hoder estudou na Etton College, uma escola interna para meninos, fundada em 1440. Quando iniciou os estudos na instituição, Francis tinha somente 13 anos e foi ali que se formou após alguns anos.

Quando adulto, Francis decidiu entrar para a Marinha Britânica, porém acabou matando um oficial. Como consequência dessa morte, ele sabia que seria enforcado pela corte marcial e, para evitar a morte, fugiu.

Foto: Reprodução/navio da Marinha via Mael Balland – Unsplash

Foto/Reprodução: Navio Pirata. Via: Martin Penot – Unsplash

Em 1838, Zulmiro acabou sendo capturado por um navio de guerra inglês, que tinha como capitão, Henry Kappel. Para a sorte do pirata recentemente preso, Zulmiro se deparou a seu amigo de longa data, o qual havia conhecido na Marinha. 

Foto/Reprodução: Barco pirata no litoral, prestes a atracar. Via: Diego Catto – Unsplash

Zulmiro foi libertado em segredo por seu velho amigo e, então, recebeu do mesmo 50 libras, que significavam uma boa quantia naquela época. Isso serviu para que Zulmiro conseguisse prosseguir seu caminho sem morrer de fome. Além da quantia em dinheiro, alguns livros foram dados pelo amigo para que Zulmiro pudesse ocupar seu tempo.

Libertado no Litoral Paranaense, o Pirata prosseguiu seu caminho até chegar ao bairro Pilarzinho, onde adquiriu uma escrava e  passou a viver seus dias. 

Continue acompanhando essa incrível história em nosso próximo post.