Um dos molhos mais importantes da história da gastronomia, o Molho Rotti é uma receita maravilhosa que você precisa conhecer!

Esse clássico da gastronomia é base de diversos outros molhos e pratos e é aquele segredo capaz de enriquecer uma receita e tornar qualquer refeição uma verdadeira experiência gastronômica.

Mas entender sua importância é indispensável para quem procura comer bem e é apaixonado por uma boa refeição.

História do Molho Rotti

Molho Rotti, ou rôti, é talvez o molho mais antigo já registrado em toda a história, tendo seu início marcado pela transformação da cultura humana.

A grafia do nome “rôti” vem do francês e significa “assado”. Essa é justamente a base dele.

Embora tenha recebido esse nome quando conquistou os cozinheiros da realeza na França, o molho tem origem grega!

Seu surgimento na Grécia aconteceu há centenas de anos. Nesse período, a preparação dos alimentos era feita em fogueiras ou lareiras rústicas onde os ingredientes eram assados. 

Este era o momento inicial do que conhecemos como gastronomia hoje, onde nasceram muitas das técnicas utilizadas em cozinhas de todo o mundo. Foi nesse período de mudança que o Molho Rotti foi criado.

Acredita-se que um cozinheiro estivesse assando uma carne quando notou que, ao entrar em contato com o calor, ela soltava um líquido espesso e nutritivo. Isso era ainda mais frequente ao se assarem ossos. 

Foi quando ele decidiu incluir outros ingredientes na experimentação, como cenoura e salsão, dando origem a um suco ainda mais intenso. O passo final foi a adição de vinho tinto. Pronto!

Estava criado o clássico Molho Rotti.

Foto: Arquivo.

Como o Molho Rotti é preparado?

Mesmo sendo prático de ser preparado, o Molho Rotti é delicado e exige experiência.

Como fica por horas no forno, não é indicado para quem procura uma receita rápida, mas é uma ótima pedida para aqueles que buscam um prato de alta qualidade em restaurantes.

Sua base de caldo de carne, legumes e vinho tinto precisa ser inicialmente assada. Esse processo pode levar horas para ser realizado, pois deve garantir que a carne alcance uma tonalidade escura rica.

Essa coloração é o que vai dar aquela cara típica aos pratos com esse molho. 

Agora com um aroma defumado que conquista pelo estômago, o assado vai para uma panela com uma grande quantidade de água. O cozimento levará horas para ser finalizado, o que auxilia na redução da quantidade de água na composição.

Isso acontece porque a gelatina, proveniente do colágeno da carne, se desprende e a água evapora, dando consistência ao molho. O resultado é um caldo espesso, brilhante e delicioso.

Nessa etapa é que o paladar e o olfato aguçado dos chefes entre em ação. São colocadas ervas que enriquecem a gama de sabores do Molho Rotti, como louro, salsão e até cravo.

Claro, não podemos esquecer do protagonista do molho: o vinho tinto. Ele é adicionado junto da água e garantirá a tonalidade rosada e irresistível dele!

Foto: Arquivo.

Sozinho ou acompanhado

Em algumas regiões da Europa, o Molho Rotti é servido sozinho, como um creme onde é possível mergulhar pães e petiscos. No entanto, o mais comum é sua degustação acompanhando carnes nobres:

• Cortes de sabor vivo, como o mignon, conhecidos por aguçar as papilas gustativas, combinam muito mais com o Molho Rotti;
• Carnes brancas, como frango, não são uma boa recomendação de acompanhamento, por serem leves e se perderem em meio a um molho tão intenso.

Especialistas em cozinha ainda indicam que champignon e legumes salteados na manteiga podem elevar o prato e trazer mais detalhes à refeição.

Quanto à bebida, sem dúvida, um vinho tinto é a escolha perfeita como harmonização, capaz de compor sabores ainda mais diversos!

Inegavelmente, não há nada como uma boa macarronada com molho à bolonhesa, não é mesmo? Mas, uma hora ou outra, esse prato acaba tornando-se repetitivo, concorda? Então, é preciso partir para outros tipos de molho e garantir uma infinidade de pratos saborosos e deliciosos, de dar água na boca!

Sendo assim, nós do Tortuga Restaurante, separamos neste post os tipos de molho mais populares e algumas dicas de massas para combiná-los. Continue a leitura para descobrir!

À Bolonhesa

Já o citamos aqui, portanto, não podíamos começar de uma forma diferente. O molho à bolonhesa é um clássico, feito basicamente, de tomate e carne moída. Mas, você sabia que na Itália, ele recebe o nome de “molho ao ragú”?

Bem, comecemos do início: o molho à bolonhesa é originário da Bolonha, cidade da Itália, próxima à Florença. O nome como conhecemos, portanto, deriva disso. No entanto, a receita tradicional italiana leva também carne de porco (e quanto mais gordura melhor!).

Além disso, você sabia que existe uma massa certa para ser acompanhada pelo molho? É isso mesmo, os italianos recomendam que molhos mais consistentes, como o à bolonhesa, complementem massas mais finas. Para este tipo, em específico, a massa fettuccine é a mais indicada.

Molho branco

Este tipo é mais conhecido no Brasil, pois em outros países é chamado de molho bechamel. Em resumo, ele é feito à base de farinha de trigo, leite e manteiga. Em alguns lugares, no entanto, tempera-se com noz-moscada e cebola.

Diferentemente do à bolonhesa, não há recomendações de massas. Mas, adiantamos que receitas de lasanha, por exemplo, ficam deliciosas com molho branco como complemento.

Ao sugo

Perfeito para qualquer pessoa, até mesmo os vegetarianos, o molho ao sugo é feito unicamente de tomate (e temperos, obviamente). Sendo assim, é o ideal para quem está de dieta, por exemplo, já que é muito nutritivo, sem perder o sabor.

Massas como cannelloni e rondelli são perfeitas combinações com o molho ao sugo. Por serem mais grossas, o molho não se perde nelas e o sabor é percebido mais facilmente. Vale a pena experimentar!

Molho 4 queijos

Um dos molhos mais versáteis que existe, o 4 queijos acompanha muito bem diversos alimentos (não apenas massas). Com um sabor marcante, é perfeito para os fãs de queijo, obviamente, e para quem adora usar a criatividade na cozinha.

Não há regra, você pode combinar os queijos que preferir e descobrir o que mais lhe agrada. A mesma regra serve para o prato que irá ser complementado pelo molho. No Tortuga, por exemplo, um dos nossos pratos mais famosos é o Mignon Quatro Queijos (mignon grelhado ou à milanesa, gratinado ao molho quatro queijos).

Experimente todas as opções de molho

Sabe aquilo que ouvíamos quando éramos crianças, “como você sabe que não gosta se nunca provou”? Ela não poderia ser mais verdadeira quando o assunto é molho.

Então, convencido a provar os diversos tipos de molho? Não há lugar melhor para fazer isso do que o Tortuga Restaurante! Nosso menu é recheado de pratos deliciosos e, com certeza, você vai encontrar os seus preferidos (ninguém disse que precisa ser só um!).

Esperamos por você!

Apesar de ter um nome refinado, o molho Espagnole, ou pardo, como também é conhecido, tem como principais ingredientes de sua receita, itens simples como cenoura, cebola e caldo de carne.

Se você é apaixonado pelo popular molho madeira, saiba que o Espagnole ou molho pardo pode ser facilmente convertido na receita, que costuma acompanhar muito bem cortes de carne bovina, pato, cordeiro, e muito mais. 

Para essa deliciosa e simples receita de molho Espagnole você precisará de:

1/2 xícara de manteiga

1 cenoura média (picada)

1 cebola média (picada)

1 talo com folhas de aipo (picado)

1/4 xícara de farinha de trigo

5 xícaras de caldo de carne (ainda quente)

1/4 xícara de tomate (em purê)

2 dentes de alho (descascados e picados)

1/8 colher de chá de pimenta do reino (de preferência moída na hora)

1 bouquet garni (um pequeno bouquet de ervas amarradas com barbante culinário que é utilizado no preparo de pratos e que depois pode ser retirado da receita, a fim de deixar apenas seu sabor e aroma no prato).

Dica: Para o bouquet garni, você pode incluir a parte verde de um alho poró para base, um ramo de tomilho fresco, alguns talos de salsinha, alecrim e louro.

Está pronto! 

Finalize o bouquet amarrando as ervas com o barbante culinário!

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Como preparar o molho Espagnole

Com uma panela grande em fogo médio para baixo, derreta a manteiga e refogue as cenouras, a cebola e aipo, até ficar com aspecto translúcido.

Polvilhe a farinha uniformemente sobre a mistura refogada e misture até que a farinha esteja totalmente incorporada à manteiga derretida.

Deixe que a mistura cozinhe até ganhar consistência (isso levará em torno de 2 minutos aproximadamente), lembrando sempre de mexê-la.

Após dois minutos e tendo a mistura engrossado, despeje o caldo de carne quente e o purê de tomate.

Adicione à mistura o alho, a pimenta e o bouquet garni e deixe ferver, mexendo ocasionalmente por 45 minutos, aproximadamente.

Passado o tempo indicado e observado que o molho está pronto, basta remover o buquê garni e então utilizar o molho para preparar outras receitas ou mesmo para compor pratos especiais com proteínas.

Gostou dessa receita?

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